Madrid, Espanha dia 1

By Isabel Pinto - agosto 24, 2018

Estão a pensar em fazer uma pequena visita pela capital de nuestros hermanos?
Então deixem-me que lhes diga que Madrid é uma cidade difícil de definir, mas fácil de sentir, uma das capitais Europeias mais difíceis de se encaixar naquela caixinha turística e impossível de ser rotulada com uma única palavra ou adjetivo, sendo que todas elas se encaixam na perfeição.

Madrid é história que pulsa nas esquinas e avenidas, nos bares e nos museus do Prado, ou da Reina Sofia.
Madrid é vida noturna, agito, balada, Madrid é a última e a melhor cena de um filme de Pedro Almodóvar.
Madrid é para gente linda e elegante, para turistas, para mochileiros, Madrid é para gente diferente, para mim e para ti.

Neste artigo vou escrever uma pequena rota que na realidade será dividida em dois dias caminhando pelas ruas cheias de história onde vos dou a conhecer esta pequena maravilha de cidade que existe, apenas porque sim e apenas porque Espanha não seria a mesma sem a sua capital. 

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Então... Uma vez mais e se já me 
conhecem sabem que, para não perder nem um pedacinho de nada gosto de me levantar cedo e começar pelo centro da cidade. 

E que melhor sítio para começar que não a Praça Maior aquela praça tão amplia, tão colorida e formada por edifícios tão majestosos como a Casa da Padaria, construída em 1590, e decorada por Carlos Franco, sendo este edifício muito importante e tal como o nome indica era uma padaria, a mais famosa de Madrid.

Não muito longe encontraremos o Mercado de São Miguel cheio de lendas e de magia, convertido agora num mercado de tapas e cervejarias onde os turistas e locais aproveitam para petiscar aqui e ali.
Continuamos com a nossa rota e entramos sem nem se quer nos darmos conta num dos bairros mais antigos e carismáticos de Madrid, o bairro de Latina deixando-nos seduzir pelos encantos da arquitetura desta capital, que nos mantem presos ás fachadas decoradas, à música, ás tapas e ás construções que nos fazem lembrar o tempo de Salazar.
Neste mesmo bairro encontra-se situada a Basílica de São Francisco, com 33 metros de altura, e a sua fachada côncava que datam do século XIII é ainda um edifício importante que se faz destacar pela sua majestosa cúpula que pode ser visualizada em quase toda a cidade.

Saltamos de igreja em igreja, vagueando agora pela calçada de Madrid até à Catedral de Sta. Maria de Almudena, grande, arquitetonica, majestosa e sem mais palavras para descrever esta obra construída no ano de 1883, e tendo como anfitrião o rei Afonso XII que colocou a primeira pedra a 4 de Abril.
No seu interior pode deixar-se surpreender pelos detalhes completamente diferentes de outras catedrais e o teto e as janelas deixam de lado o estilo clássico para dar passo a cores vivas e linhas retas.

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Não muito longe daqui, encontramos o Palácio Real de Madrid, a origem de uma cidade. Este palácio foi anteriormente uma fortaleza defensiva construída no século IX por Emir Mohamed em tempo de dominação Árabe, na idade média que com o tempo se converteu na residência oficial dos reis de Espanha. No entanto, na noite de natal de 1734 foi destruído por um enorme incêndio. Filippo Juvara foi o arquiteto que projetou o desenho para a sua reconstrução, no entanto este morreu pouco antes de iniciar a sua construção, deixando deste modo o projeto nas mãos de Giambattista Sachetti um dos seu discípulos.
Todo o entorno deste palácio tem muita história e monumentos que podem não ser apreciados à primeira vista por um turista despercebido, no entanto, se tiverem tempo, dêm uma volta.

A poucos passos encontra-se a praça do Oriente, e foi desde este ponto onde se começou a escrever a verdadeira história de Madrid, tem como vizinhos o Teatro Real, o Palácio Real, a Catedral de Almudena como referimos anteriormente e uma estátua de pedra de Felipe IV.
Esta praça esconde nas suas entranhas vestígios da ocupação árabe, e o seu nome deve-se ao facto de se encontrar localizada a Este do Palácio Real simplesmente.

E do lado oposto, ou seja, da parte de trás do palácio está um bonito jardim chamado o Campo do Moro, este nome deve-se a que, um tenente muçulmano acampou o seu exército mouro naquele lugar em 1109.

Depois mais tarde, durante o reinado de Isabel II, esta decidiu que o palácio deveria ter um jardim à altura da sua grandeza e encarregaram o desenho a Narciso Pascual e Colomer.

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Este, é um dos lugares preferidos dos Madrilenos que procuram um recanto encantado e tranquilo para se refugiarem de todo o alarido que a cidade nos transmite.

No final do Campo do Moro encontra-se a Praça de Espanha, uma praça com cerca de 3.600 metros quadrados que, não só dá início a uma das principais ruas de Madrid, a Gran Via, como também homenageia personagens principais da história de Madrid como Miguel de Cervantes, D. Quixote e Sancho Pança.

O monumento central construído em granito faz ressaltar os cinco continentes, todos eles com traduções nos mais diversos idiomas, assim como as oliveiras que se podem contemplar, plantadas ali naquele lugar para homenagear os campos de Castilha la Mancha.

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Desde este ponto, terão de tomar uma decisão, de por onde seguir, se estiverem muito cansados, podem virar à direita e seguir pela Gran Via, umas das principais artérias da cidade, se ainda conseguirem aguentar um pouco mais, podemos virar à esquerda e subir a colina que se apresenta à nossa frente.
Encontramo-nos agora no templo de Debod, o sitio perfeito para assistir a um bonito entardecer, na mais alta colina de Madrid, mandado construir pelo rei Nubio Adijalamani, como presente do Egito, este templo foi dedicado aos Deuses Amón, Osiris e Isis, depois de ter sido resgatado e chegou a Espanha no dia 18 de Junho de 1970 através do Porto de Valencia.

Neste mesmo jardim existia anteriormente uma presa que controlava as águas do Nilo, a chamada presa de Asuán. A construção desta presa levou a que, se perdera relíquias de diversas culturas que se encontravam no local, e, para evitar esta tragédia, o governo Egípcio lançou uma campanha para tentar recuperar todos os objetos que fossem possíveis, encontrando mais tarde vestígios Romanos, Gregos e Egípcios.
Conta a lenda que, com o cair da noite é possível que algumas pessoas se sintam observadas pelo rei Nubio Adijalamani, reencarnado numa figura felina.

Daqui, dirigimo-nos em direção à 
Gran Via, que, tal como referi anteriormente esta é uma das principais ruas de Madrid, e pode destacar-se, não só pelo seu trajeto como também pela imensidão de lojas que alberga.
Desde marcas de alta costura até ás típicas lojas de Inditex, esta rua será um óptimo local para perder a cabeça e sair de mão cheias de bolsas.

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Por fim, terminaremos a nossa caminhada de hoje no centro de Madrid onde poderão apreciar a mais famosa estátua desta cidade, a estátua do Urso e do Medronheiro, e na maioria das vezes terão de esperar pacientemente pela vossa vez, numa fila que parece interminável para conseguir uma fotografia com este animal que tenta inutilmente alcançar o fruto desta árvore, sendo este monumento, junto com a praça da Cibelles um símbolo representativo de Madrid.
Mas porquê um Urso e um Medronheiro? Conta a lenda que, depois de uma briga feia entre a cidade e a Ordem dos Padres chegaram à conclusão de que a cidade ficaria com as árvores e a Ordem dos Padres governaria os pastos. Desde esse dia, um urso ergueu-se e apoiou-se na árvore demonstrando quem realmente mandava ali.
Esta estátua é da autoria de Antônio Navarro e foi inaugurada em 1967.

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A Porta do Sol é por sua vez a mais cêntrica praça de Madrid, é daqui que se inicia um novo ano para toda Espanha, de onde se contam as 12 badalas e de onde saem todas as estradas do país, sendo que, nela podemos encontrar o quilómetro zero.

Por hoje ficamos por aqui, espero que tenham gostado e que nos sigam amanhã, na descoberta de novos pontos turísticos nesta cidade tão interessante.




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2 Comments

  1. Interesting such literary depiction makes me want to get on a plane and go there. On my bucket list though

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  2. Its really an amazing city.
    Thanks for share your feeling.

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