Madrid, Espanha dia 2

By Isabel Pinto - agosto 27, 2018

Cansados do dia de ontem?

Ou preparados para dar corda aos sapatinhos no dia de hoje?
A rota que tenho preparada para vocês engloba uma mistura de cultura, história, gastronomia e conhecimento.

Hoje dar-vos-ei a conhecer um dos museus mais conhecidos, não só na capital Espanhola, mas também a nível mundial, o museu do Prado, onde se encontram obras primas de pintores que fizeram história com as suas pinturas.

Dependendo de onde estiveram alojados, peço-vos que apanhem o metro e saiam na paragem de metro de ventas, onde encontraremos a praça de touros principal de Madrid com o mesmo nome, Las Ventas.
Um projecto de José Espelius que faleceu antes da sua inauguração, no ano de 1931 e tem a capacidade para 23.798 aficionados a este desporto.
Construída com azulejos todos eles pintados à mão, este edifício de 60 metros de diâmetro é conhecido por ser uma das praças de touros maiores de todo o mundo.

Foi palco de cenário de muitas touradas e escolhido para representar está prática tão desumana num dos filmes de crianças no ano de 2017 chamado Ferdinando, que tenta de uma maneira realista mas caricata, (sendo que é um filme para crianças) contar a história de um touro que foge de uma quinta com o intuito de fugir à triste realidade da matança destes animais em arena.

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Depois desta paragem começamos a nossa rota pelos museus mais conhecidos em Madrid, um deles é o Museu Arqueológico Nacional, um museu que nos abre as portas para o Egito, mostrando-nos alguns dos aspectos da mumificação e transmitindo-nos uma sensação mais realística em relação a este culto tão levado a cabo em terras Asiáticas.
Ao que parece a estátua de Man, a dama de Elche é o principal atrativo deste museu, para os espanhóis, é como uma espécie de Mona Lisa em Paris.

Depois saímos, não como múmias, mas como pessoas normais jijijijiji e caminhamos até ao grande monumento central chamado a "Porta de Alcalá", construída no ano de 1778 por ordem de Carlos III esta era uma das 5 portas que davam acesso à cidade, principalmente a quem viajava desde Catalunha, Aragão ou França.
Embora muitos dos turistas aproveitem este grandioso monumento para tirar uma foto apenas da parte da frente, a bonita curiosidade é que este monumento não é simétrico, ou seja, a Porta de Alcalá tem duas caras diferentes, isto porque, quando o rei escolheu o projeto de Francisco Sabatini para ser o autor da sua construção, este apresentou-lhe não um, mas dois projetos e para não desiludir as expectativas do rei, Sabatini decidiu escolher o caminho mais complicado e desta forma construir uma porta que incluísse os dois projetos originais.


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Ao lado deste monumento encontram a entrada para o parque da cidade, o chamado Parque del Retiro, aqui vos deixo para que possam tranquilamente descansar um pouco e dar um passeio agradável, na primavera, no outono ou numa bonita manhã de domingo, este é o lugar perfeito para famílias e para aqueles que procuram fugir do stress causado pelo alarido da grande cidade de Madrid. Aqui podem apreciar o bonito palácio de cristal, construído no final do século XIX sendo um dos maiores exemplares da arquitetura metálica de Espanha, e a natureza que abunda neste lugar ou darem simplesmente uma volta de barco no lago principal.

Neste lago encontrarão o monumento de Afonso XII inaugurado a 1922, obra de José Riera e muitas outras estátuas de reis espanhóis colocadas ao longo do lago, sendo que o projeto inicial incluía que estas mesmas estátuas fossem colocadas no teto do palácio Real, no entanto, devido ao perigo que pudesse causar, terminaram neste parque para que todos as pudéssemos apreciar de uma forma gratuita.

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Voltamos a sair do Parque del Retiro por onde entramos e seguimos agora até à tão aclamada praça da Cibeles, a praça mais famosa de Madrid, não seja mais, pelas celebrações da equipa do Real Madrid quando ganham algum título.
Esta praça está igualmente rodeada de 4 edifícios de valor importante o Palácio da Cibeles, o Palácio de Linares, a Casa de América e o Banco de Espanha. Foi desenhada no ano de 1777 por Ventura Rodriguez e este projeto incluía ainda a Fonte de Neptuno.
A Cibeles era uma Deusa Grega, mãe de Zeus, e de outros deuses importantes, é-nos apresentada em cima de um carro, puxado por leões. Segundo a lenda, estes leões são jovens, Hipómenes e Atalanta metamorfoseados, e Cibeles carrega um cetro na mão direita e no seu regaço a chave de Madrid.
Detrás da deusa pode observar-se dois meninos nus, um deles carrega uma ânfora de água e o outro um búzio.

Seguimos agora em direção ao Museu Thyssen-Bornemisza, um dos museus mais visitado de Madrid, depois do museu do Prado e de reina Sofia, que em conjunto formam os vértices de um triangulo. Inaugurado em 1992 e nele podem contemplar uma coleção privada reunida durante sete décadas por Heinrich Thyssen-Bornemisza e seu filho.

No entanto, o núcleo mais importante desta coleção foi adquirido pelo estado Espanhol em 1993 para serem exibidos publicamente.
Este edifício trata-se de um edifício do século XVIII, propriedade do estado e transformando no museu que conhecemos entre 1900-1992 por Rafael Moneo.
No ano de 2004 sofreu uma ampliação afim de receber as obras da coleção de Carmen Thyssen-Bornemisza e algumas exposições temporais.
A sua entrada tem um custo de 12€ e se forem uma segunda feira entre as 12h e as 16 a sua entrada é gratuita.
(Num outro artigo descrevo mais detalhadamente as obras mais importante expostas neste lugar)

A fonte de Neptuno será o nosso próximo ponto a seguir, antes de darmos entrada ao tão esperado museu do Prado.

Situado num lugar privilegiado e rodeado por árvores frondosas e monumentos, o Museu do Prado, não só é um dos edifícios mais emblemático de Madrid, como também um ponto imprescindível no itinerário turístico por esta cidade.
Neste museu pode contemplar quadros mundialmente conhecidos como “As meninas de Velásquez” ou “Os Fuzilamentos de 03 de Maio” de Goya.

É ainda possível ver impressos na tela obras de arte de Ticiano, El Greco, Rubens, Murillo, Goya ou Velásquez, numa valiosa coleção que conta com cerca de 8600 quadros e 700 esculturas.
Em 2007 foi inaugurada uma ampliação das instalações para que desta maneira fosse possível ao museu abranger algumas outras obras do seu inesgotável fundo de artes que datam de séculos entre XVI e XVII.

Nas suas salas distribuídas pelo rés-do-chão podemos contemplar desde murais românticos pintados à mão por Goya no século XIX, e no primeiro e segundo andar algumas das telas de El Greco, como o “Cavaleiro de mão ao peito” ou a “Adoração dos pastores”.
Embora eu não seja uma grande apreciadora de arte, este sitio faz-nos transportar aos Séculos de Ouro e conseguir de alguma maneira imaginar Velásquez, nos seus tempos de glória pintando quadros tão estupefactos e magníficos com “As Meninas”, “As Fiandeiras”, ou a “Adoração dos Reis Magos”.

Não muito longe existe o Jardim Botânico, caso decidam dar uma vista de olhos, e depois, quase terminando a nossa rota de hoje vamos ver o último, mas não menos importante museu, o Museu Nacional Reina Sofia.

Este segundo dia em Madrid engloba realmente arte, obra e conhecimento, e se não forem pessoas com uma grande paciência e paixão por esta atividade existem outras coisas que se podem fazer em Madrid, no entanto, eu acho que algumas destas paragens são mesmo obrigatórias para conhecer a magia que a capital de Espanha tem para nos transmitir.

Então, no Museu Nacional Reina Sofia, vocês podem encontrar uma variadíssima coleção de quadros de pintores espanhóis como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Joan Miró entre muitos outros.
Este museu, que data do ano de 1992 é mais conhecido pelo Guernica, um dos mais famosos quadros de Pablo Picasso, originalmente dedicado ao bombardeamento aéreo da cidade Vasca, durante a Guerra Civil.

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Este museu é de uma extensão realmente incrível e os mais aficionados irão necessitar horas para o percorreram com calma, no entanto, caso se decidam apenas por algumas das mais importantes obras de arte, podem sempre faze-lo num sábado à tarde, num domingo de manhã ou a partir das 19h da tarde de todos os dias numa visita sem qualquer tipo de custos. 

Para terminar o nosso dia, deixo-vos na Feira do Rastro, situada a mais ou menos 15 minutos caminhando desde o ponto de onde nos encontramos agora.
Este é um mercado de coisas antigas, de achados e perdidos, de bugigangas e de peças únicas para os colecionadores, fãs destes mercados de relíquias.


Terminamos a nossa visita a Madrid, espero que tenham gostado de percorrer a cidade comigo, obrigada, não se esqueçam de deixar os vossos comentários e de partilhar com os amigos.


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