Se a vossa visita por Londres é de
apenas dois dias, o meu conselho é que vejam os pontos principais que se
encontram pelo centro da cidade e que já vos deixarão bastante cansados a meu
ver; no entanto, se estão a pensar em visitar esta cidade tão multicultural e
passar entre três a quatro dias podem ver alguns sítios giros e interessantes
que normalmente não são tão conhecidos pelos turistas.
Querem dar um passeio comigo e conhecê-los?
Então venham daí, que as terras de sua majestade esperam por nós.
A minha sugestão é que comecemos por
um dos pontos mais longínquos e que terminemos o dia mais perto do centro.
Este primeiro ponto de paragem é algo
um tanto extraordinário, mítico e ao mesmo tempo deslumbrante. Estamos a falar
de Greenwich, um sitio que combina natureza com as águas escuras do rio e com o
encanto da Universidade que existe naquele lugar.
Para aqui chegarem podem fazê-lo
através das linhas de comboio que se chamam DLR, podem utilizar o cartão Oyster
(cartão de transportes públicos disponível para a cidade de Londres) para
adquirir os bilhetes ou até mesmo o habitual cartão de débito com a
funcionalidade de Contact Less.
Devem ir até à estação de Canary Wharf
na linha de metro cinzenta, a Jubilee Line e depois trocar e apanhar o DLR em
direção a Lwisham e sair em Greenwich.
Desde esse ponto podemos caminhar uns
5 minutos e entrar no parque com o mesmo nome, onde encontrarão uma colina.
No cimo dessa colina encontra-se o
observatório de Greenwich e o ponto zero do meridiano de Greenwich.
Este é considerado por muitos um lugar
mítico, e, apesar desta linha ser apenas imaginária, os londrinos criaram uma
linha de cobre no chão que atrai centenas de pessoas todos os meses, e que se
deliciam com uma foto original para mais tarde publicarem nas redes sociais.
Considerado um marco de referência na medição
das longitudes e dos fusos horários desde o ano de 1884, este lugar é, portanto,
o marco divisor entre o hemisfério Ocidental e oriental.
Depois de sairmos daqui podemos
caminhar pelo parque um pouco e aproveitar para ver as vistas bonitas que este panorama
nos oferece.
E vamos, pouco a pouco caminhando na
direção ao museu Nacional Marítimo, um edifício de estilo Vitoriano que fica
localizado no final do parque, do outro lado da rua.
Este museu foi dedicado à marinha do
Reino Unido e inaugurado a 27 de Abril de 1937 pelo rei Jorge VI sendo o maior
do mundo nesta área.
Da parte de trás encontrarão nada mais
nada menos que a famosa Universidade de Greenwich, e do lado esquerdo podem
visitar o museu de Cutty Sark.
É um barco-museu e construído no ano
de 1869 na Escócia e cujo nome provem de uma bruxa bailarina, protagonista de
um poema de Robert Burns.
Este barco, foi o veleiro mais ágil,
belo e elegante durante a sua época de glória e era utilizado no transporte de
chás entre a China e Londres e posteriormente no comércio da lã com Austrália.
Diz a lenda que foi vendido para os
navegadores Portugueses que o remodelaram e o rebatizaram, no entanto, mais
tarde, o destino quis que este veleiro voltasse novamente para as mãos dos
Ingleses, que lhe devolveram o seu aspecto original em 1954 e o transformaram
no museu que hoje nos é apresentado e que pode ser visitado todos os dias entre
as 10h00 e as 18h00 por apenas 12,50€ numa coleção que nos dá a conhecer a sua
história e a sua estrutura original.
Podemos agora fazer uma pequena
paragem para almoçar no mercado de Greenwich que, para além de ser uma opção
económica é também muito deliciosa onde podem provar vários menus de diferentes
partes do mundo.
E depois de descansarmos, vamos cruzar
o rio...
Esperem lá... onde está a ponte? Não a
conseguem ver? Pois nem eu...
Se calhar é porque, em vez de uma
ponte, existe um túnel subterrâneo e super misterioso que nos leva até ao outro
lado, até Isle of Dogs, e que nos põe o coração a mil à hora só de imaginar que
teremos de cruzar por debaixo do rio com aquela massa de água toda por cima de
nós e bem... não aconteceu nada, são 15,2 metros de profundidade e 400 metros
caminhando completamente seguros.
Este túnel foi construído em 1899 e
inaugurado em 1902 com a intenção de melhorar a travessia do rio Tamisa e, a
sua saída do outro lado é muito peculiar pois saem numa espécie de cúpula construída
em tijolos no meio de um bonito jardim.
Desde este ponto, meus caros amigos,
vamos caminhar cerca de 30 minutos por entre as docas de Millwall até chegarmos
a Canary Wharf.
Esta zona é uma das zonas mais
modernas da cidade de Londres, e alberga um complexo de edifício comerciais que
foram desenhados e estruturados para acolherem uma enorme quantidade de
escritórios, ou seja, esta zona é sem dúvida a zona de negócios desta cidade
tão cosmopolita.
Por último e caso ainda estejam com
tempo e algo de dinheiro na carteira, o meu conselho é que visitem o Madame
Tussauds que se encontra junto a Camden Town.
Para lá chegarem podem simplesmente
apanhar a linha de metro cinzenta, a mesma de antes, mas na direção oposta e
sair na estação de Baker Street.
O Madame Tussauds é um dos maiores museus
de cera de todo o mundo e foi o primeiro de muitos a ser construído a mando da
escultora Marie Tussaud no ano de 1835, depois de ter sido um grande sucesso e
ser transferido para o sitio onde se encontra hoje no ano de 1884.
As figuras são construídas com todo o
tipo de detalhes e uma elevada qualidade que são mais tarde distribuídas em
diferentes setores como: Festas VIP, Zonas de Desporto, Encontros com a Realeza,
Cultura, Líderes Mundiais, a Câmara dos Horrores, os Super Heróis e a minha
preferida, o Espirito de Londres, onde é possível reviver no tempo as histórias
desta cidade britânica.
Termina por aqui a nossa visita por Londres,
espero que tenham gostado de caminhar comigo ou apenas de viajar através da
imaginação com estas simples palavras que eu utilizo para vos tentar fazer
chegar todo o encanto dos sítios que me acolhem com algo comum e típico ou com
algo novo que eu entendo que está ali para ser descoberto por mim...
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