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Londres, Inglaterra Dia 4

By Isabel Pinto - outubro 09, 2018

Não sei se me estou a exceder na quantidade de artigos publicados sobre Londres, ou se já perceberam que esta é realmente uma cidade que me deixa louca, uma cidade com a qual eu me identifico bastante, não pela parte do louca, obviamente (embora os meus amigos possam pensar que sim) mas porque esta cidade é um sem fim mesmo.
Tem tantos recantos, monumentos e histórias para contar que, quando as minhas mãos tocam as teclas do meu computador portátil sinto que não consigo parar e que a minha imaginação começa a trabalhar com uma fluidez tão natural que nem sempre existe.

Assim sendo, e achando que nunca está de mais escrever para aqueles que querem ler, decidi escrever um quarto dia de passeio pela cidade de Londres, querem vir passear comigo?

Vamos começar este passeio pelo Jardim Botânico de Kew Gardens, que fica localizado pela zona de Richmond. Para lá chegarem podem utilizar a linha verde do metro e sair na estação de Kew Gardens, mas atenção com esta linha, porque, ela divide em duas direções distintas na estação de Earls Court.

Os Jardins Botânico de Kew Gardens são um complexo extenso de jardins prestigiados que combinam entre arvoredos, estufas, flores e monumentos situados num vasto parque entre a zona de Kew e de Richmond, a sudoeste de Londres.
Estes jardins tiveram origem nos jardins exóticos que foram mandados construir a mando do Lord Capel de Twekensbury, e mais tarde ampliados por iniciativa da princesa Augusta, a viúva de Frederico de Gales.
Em 1840 os jardins foram dedicados principalmente à investigação cientifica e tecnológica, tendo sido considerados desta maneira como Jardins Botânicos Nacionais, atingindo uma capacidade de 109 hectares, sendo posteriormente alargados até aos 120 hectares que hoje podemos conhecer.

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Em 2003 foi considerado como Património Mundial pela UNESCO e apesar da sua entrada ter um custo de 17,00€ estes jardins magníficos merecem ser visitados, e em especial, The Hive, a colmeia. É uma experiência única, desenhada para ressaltar a vida extraordinária das abelhas, com 17 metros de altura e um prado de flores silvestres.
Imagem relacionadaA Palm House, uma estufa construída ao estilo vitoriano onde o clima tropical predomina no seu interior, juntamente com uma coleção única de plantas tropicais de várias partes do planeta.
Na Waterlily House encontrarão um ambiente mais húmido e cálido, onde podem disfrutar dos nenúfares gigantes e das flores de loto se o visitarem especialmente nos meses de Verão.
O Treetop Walkway é uma espécie de ponte que vos permite caminhar durante 18 metros por cima da copa das árvores e disfrutar das vistas impressionantes que vos esperam.

Imagem relacionadaPara completar a vossa visita ao Kew gardens não devem perder os jardins de Bambu, os jardins Mediterrâneos, a porta Japonesa, o conservatório do príncipe de Gales, o templo do Rei Guilhermo, o Queen’s Garden e o Rhododendron Dell são alguns dos complexos que tornam esta visita a Londres muito mais completa e imprescindível.

Depois podem voltar a apanhar a linha verde do metro e sair na estação de Earls Court.
Desde este ponto teremos de caminhar cerca de 10 minutos até encontrar o nosso próximo ponto, o cemitério de Brompton, e, embora possam achar um pouco bizarra a visita a um cemitério, eu acho que deve ser incluída nesta rota de 4 dias pois faz parte da cultura, e além disso, os cemitérios em Londres são tudo menos mórbidos.
Aqui abunda uma grande vegetação, a fauna e a flora estão presentes em cada recanto deste sitio e encontrarão ainda túmulos espetaculares e alguns nomes famosos.
Este cemitério foi o cenário gótico escolhido para as gravações do filme de Sherlock Holmes no ano de 2009 e está aberto desde 1840.
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Podemos cruzar todo o cemitério e sair no ponto oposto ao que entramos, para visitar o legendário Estádio de futebol do Chelsea que se encontra a cerca de 10 minutos a caminhar.

O estádio do Chelsea que se encontra numa zona com o mesmo nome é um dos estádios mais conhecidos e que atrai anualmente os mais aficionados para verem um jogo, o museu ou apenas para darem uma vista de olhos ao interior do pavilhão.
Foi fundado em 1904 quando o empresário Henry Augustus Mears teve a brilhante ideia de construir este estádio em londres, cidade esta que, naqueles tempos ainda não tinha uma equipa de primeira divisão.
Embora a princípio fossem pensados muitos nomes para darem início a esta nova equipa que representaria a cidade, acabaram por chegar a uma conclusão por unanimidade a 10 de Março de 1905 e o nome escolhido foi o que conhecemos atualmente.
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O clube foi subindo e ganhando uma história e um carinho especial por parte dos Londrinenses e de outros aficionados ao futebol e, em 2003, o clube foi comprado por Roman Abramovich.
Com o tempo foi ganhando também vários treinadores e jogadores que acabaram por deixar ali a sua marca e fazer carreira.
Falamos de nomes prestigiados como José Mourinho, Claudio Ranieri, Avram Grant, Luis Filipe Scolari, Guus Hiddink, Ancelotti e André Villas-Boas, ex-treinador do Porto.

Espero que não tenham gastado todo o vosso dinheiro em lembranças no estádio porque agora vou levá-los a ver algo realmente impressionante, o centro comercial dos milionários como eu costumo chamar-lhe, o Harrods.
Para lá chegarem é muito simples, basta apanhar o autocarro número 414 que vai em direção a Maida Hill em Chelsea Village (Stop U) e sair 25 minutos depois, em Harrods (Stop KB).
   
Este é um dos centros comerciais mais luxuosos do mundo, que data de 1834 quando Charles Henry Harrod abriu uma pequena loja de comida que se foi ampliando com o passar dos anos mediante a aquisição de novas lojas e casas em redor.
O incêndio que se propagou em 1883 fez com que este espaço caísse, o que fez gerar uma reconstrução do edifício a uma escala maior.
Atualmente este grande império conta já com 330 lojas de roupa, calçado, perfumerias, electrodomésticos, malas e comida que pertence ao egípcio Mohamed Al Fayed, e os seus interiores oferecem uma decoração de luxo com estátuas, fontes e salas decoradas com diferentes temas, entre os quais se destacam algumas esfinges egípcias.
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Este é um dos melhores sítios para esvaziar a carteira, ou simplesmente ficar de olhos arregalados e a mente a trabalhar e a imaginar o que se poderia comprar com o valor de uma simples carteira de senhora, ou um daqueles relógio de homem tão atrativos que nunca chegaremos a adquirir em toda a nossa vida.

Bem, poderiam haver coisas piores na vida, e o facto que podermos presenciar e ver com os nossos próprios olhos estas lojas tão bem cuidadas enquanto estamos de férias pela capital britânica já não é mau de todo, por isso e só para terminarmos a nossa rota por Londres vou levá-los a um sitio meio escondido, e acabaram por se esquecer que nesta cidade onde predomina o stress e a correria, a falta de tempo e o acumular de trabalho também existem lugares mágicos que nos fazem sentir tranquilos e relaxados.
Vamos até ao Kyoto Gardens, um jardim Japonês que se encontra no meio do Holland Park. 
Para lá chegarem utilizaremos de novo o autocarro, e se tiverem a sorte de ir no andar de cima as vistas que esta rota vos oferece são de se aproveitar.
Podemos apanhar o autocarro 9 ou 10 que vão em direção a Hammersmith na paragem Knightsbridge Barrack (Stop KF) e saímos em Sheffiels Terrace (Stop X) em frente ao Design Museum.

Resultado de imagem para kyoto gardensQuando conheci este lugar foi por mero acaso do destino. Tinha resolvido dar um passeio pelo Holland Park para me abstrair de uma semana de trabalho intensa e quando dei por mim estava perdida de amores com tudo o que via à minha frente.
Imagem relacionadaEste jardim consegue juntar o Zin e o Zen e fazer-nos transportar para outra dimensão onde tudo parece funcionar na perfeição dando-nos a entender que a harmonia depende unicamente de nós e da maneira como encaramos a vida e olhamos para os nossos problemas, por isso, eu resolvi olhar para aquele lugar de uma maneira positiva
Resultado de imagem para kyoto gardens londonDigamos que aquele sitio foi a parte positiva de toda uma semana negativa que incluía stress, trabalho até às orelhas e muitas saudades de casa.

A sua decoração é completamente japonesa, tem bonsais e cerejeiras espalhadas por todo o jardim e uma cascada de água que termina num lago onde habitam carpas grandes e coloridas que se aproximam das margens em busca de comida.

O som melodioso das águas, o chilrear afinado dos pássaros e o silencio humano aprazível daquele lugar fez-me por fim chegar à conclusão de que em Londres se pode, não só encontrar tudo o que ansiamos como também descobrir cosas novas em cada passeio.

E desta maneira filosófica termino o meu roteiro de quatro dias por Londres, espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de deixar os vossos comentários e dúvidas. Terei todo o gosto em poder ajudar.


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