Apesar de Espanha estar dividia em várias “nacionalidades” entre eles,
de cada vez que me vem ao pensamento a terra de nuestros hernamos eu imagino
tapas, paelha, flamenco e touradas.
Então a minha mente viaja, e por muito que eu queira viajar até
Barcelona, Madrid ou Galícia, a terra que mais impacto tem sobre mim é mesmo
Andaluzia.
Ohhhhh Andaluzia, as desgarradas, a alegria de um povo que parece nunca
ter problemas, as tapas e a cerveja fresca nas noites quentes de Verão, as
casinhas brancas que dão vida às pequenas aldeias costeiras e a beleza das
montanhas fazem com que o sul de Espanha seja um dos meus destinos preferidos
para passar umas boas férias sozinha, ou acompanhada.
Nunca tiveram aquela vontade de alugar uma caravana e sair à descoberta?
Parar aqui e ali? Sair, tirar a câmara fotográfica da mochila e capturar algo
que é impossível de capturar, simplesmente porque aquela paisagem é única e indescritível.
De Sevilha a Cádiz, de Marbella a Granada, De Ronda a Córdoba, dá igual,
cada cidade tem uma história diferente e com um encanto tão mas tão especial
que vão querer voltar lá uma segunda vez de certeza.
Neste artigo vou deixar-vos dicas de um roteiro que eu fiz e que abrange
os pontos mais e menos turísticos desta zona de Espanha.
A
princípio demos muitas voltas à cabeça porque não sabíamos por onde começar ou
que sítios visitar. Começamos a pesquisar por aqui e por ali até nos decidirmos
por Sevilha.
Sevilha
é uma cidade com uma cor especial, é o que diz a canção de “Los del Rio” uma
banda composta por dois irmãos espanhóis, naturais de Andaluzia e que cantam
esta canção com a mesma emoção que ela nos transmite, descrevendo a bonita capital
do sul de Espanha.
Visitar
Andaluzia e não visitar Sevilha não tem o mesmo significado, e por ser uma
cidade tão grande decidimos começar por aqui a nossa rota, viajando até lá de
avião.
Quando
chegamos ao aeroporto já tinhamos à nossa espera um carro que decidimos alugar
alguns dias antes e assim começa a nossa aventura de 12 dias por estas
maravilhosas terras.
Venham vive-la
conosco.
Em Sevilha
decidimos passar 2 noites, e um dia completo para absorver toda aquela euforia
e na manhã do nosso terceiro dia, demos a volta às chaves, ligamos o motor e
arrancamos para Arcos de la Frontera .
Arcos, é
uma pequena vila que fica a caminho da nossa próxima cidade e por isso decidimos
fazer aquela paragem e almoçar por ali antes de sairmos em direção a Cádiz .
Vocês
nem imaginam o poder que esta cidade nos transmite, é lindo mesmo.
Quando
eu vivia em Londres, trabalhava com uma miúda de Cádiz, que para além de ser um
amor de pessoa, tinha um sotaque tão fofinho, apesar de comer metade das
palavras jijijijijij e quando ela falava da sua cidade natal, eu conseguia ver
um brilho especial no olhar dela, mas nunca cheguei a perceber ao certo aquela
emoção toda, até ver com os meus próprios olhos.
De
Cádiz guardo o mar, a sua gente, a sua baía, a sua história e a vontade de
viver daqueles que ali cresceram, fazendo com que esta cidade se destaque pela
gastronomia, e por se encontrar localizada apenas a 14km do continente
Africano.
Ficamos
ali a dormir, e aproveitamos o nosso quarto dia também para passear e conhecer
aquelas ruelas com história.
Na
manhã do dia seguinte (dia 5 desde que chegamos a Sevilha) acordamos bem cedo
para aproveitar o dia, passamos por Vejer de la Frontera ,
almoçamos e dirigimo-nos a Castellar de la Frontera .
Neste
ponto da nossa viagem, já nos estávamos a afastar um pouco da costa e a dirigir
ao interior de Andaluzia, por zonas montanhosas onde as paisagens são
igualmente bonitas, o que nos obrigava a fazer uma paragem de vez em quando
para tirar uma ou outra fotografia.
Esta
zona está cheia de pequenas aldeias encantadoras e 12 dias acaba por ser pouco
para ver tudo com atenção, por isso fomos um pouco seletivos e pesquisamos
imenso antes de iniciar esta viagem a dois.
Passamos
por Júzcar, a aldeia dos Pitufos, como lhe chamam em Espanha. É uma aldeia onde
todos os seus habitantes decidiram pintar as suas casas de azul fazendo lembrar
a aldeia perdida dos Smurfs, aqueles desenhos animados de pessoas pequeninas azuis
e com uns chapéus pontiagudos brancos.
Mais
tarde passamos por Ronda.
Quando
avistamos Ronda estava edificada entre as íngremes colinas da serra, com uma
bonita prolongação paisagística à luz do sol... Pareceu-me a cidade mais bonita
do mundo.
Ficamos
em Ronda até o sol se pôr e acabamos por dormir ali.
Em
Ronda aproveitamos para sair à noite, para ver as ruas cheias de gente que
bailava ao som do luar e para enchermos a barriga de tapas e deliciosas
iguarias típicas daquela zona.
Demos início
ao nosso dia 6 em Setenil de las Bodegas.
Este município
que pertence à província de Cádiz é famoso devido a que as casas estão construídas
entre os rochedos da montanha, conferindo a este lugar uma beleza singular e
incomum de ser ver.
As ruas
foram adaptadas ao curso do rio Guadalporcún e os seus habitantes mostraram-se
versáteis ao conseguir construir uma pequena comunidade neste terreno que só vê
a luz do sol durante algumas horas do dia.
Almoçamos
e seguimos viagem até Écija, fazendo uma pequena paragem em Osuna, uma pequena
localidade a meio do caminho.
Em
Écija podem ver uma das varandas maiores de Espanha que destaca pelo seu
comprimento e esta cidade é chamada de “Sartén de España” porque segundo os
seus habitantes, nos meses de verão, esta localidade pode atingir umas temperaturas
tão altas que nos permite fritar um ovo numa pedra que se encontra na praça
central desta localidade.
Daqui
seguimos para Córdoba, e quando lá chegamos já era um pouco tarde, jantamos e
como estávamos cansados decidimos aproveitar esta cidade com a brisa da manhã,
que por sinal já fazia um pouco de calor e agradecemos o facto de fazermos esta
viagem durante os meses primaveris e não em Agosto.
Córdoba
é uma cidade pequena que destaca principalmente pela sua arquitetura muçulmana
e pela mesquita que lhe dá um encanto natural e será de visita obrigatória.
Levamos
7 dias a viajar por aqui e estamos a adorar, é incrível, fascinante, lindo e difícil
de descrever o que Andaluzia nos tem transmitido ao longo desta última semama.
Depois
de dar uma volta pelas ruas estreitas de paralelos que Córdoba nos oferece e de
visitarmos um pouco da história desta cidade, vamos agora em direção a Jaén .
Se
repararem com atenção, às vezes escrevo os meus artigos no passado, outros, no
presente e este, bem, este está uma mistura de tudo. Isto deve-se ao facto de
que vou escrevendo durante a minha viagem, o que nem sempre é possível, pois
quero aproveitar ao máximo esta viagem, no entanto, quando sou inspirada por
uma paisagem, por um sentimento avassalador, por um odor ou por qualquer outra
coisa, sou obrigada a escrever.
Para
vos ser sincera, eu não achei Jaén nada de especial, mas como ficava a caminho
do nosso próximo ponto turístico decidimos parar, dar uma volta, conhecer um
pouco o centro histórico e a grande catedral que sobressalta à vista pelo seu
tamanho e... De novo na estrada em direção a Granada onde passamos duas noites e um dia completo (dia 8 da nossa rota) disfrutando de uma caminhada intensa e multicultural.
Granada
era uma das cidades que eu tinha imensa vontade de conhecer, por vários
motivos, pela alma moura que ainda lá reside, pelo sensacional centro
histórico, pela beleza entre as duas colinas (Albayzín e Alhambra) ou até mesmo
pelos dois rios Darro e Genil por onde navegam os suspiros de quem visita e se
apaixona por Granada.
Granada
deixou uma marca em nós que nos fez prometer um ao outro que voltaríamos a esta
cidade um dia mais tarde para aproveitar o que não tivemos tempo de ver nesta
rota curtinha mas bem aproveitada.
Deixamos
Granada para trás e voltar a colocar os “pneus na estrada” com a cidade de Málaga
posta no sistema de navegação do nosso carro “emprestado”.
Antes
de nos dirigirmos a Málaga vamos fazer um pequeno desvio por uma aldeia que se
encontra no meio das montanhas.
Aos pés
de um parque natural e a escassos quilômetros do mediterrâneo, com uma beleza incomparável,
as suas casinhas brancas amontoadas na encosta que não deixarão ninguém
indiferente, e repleta de ruelas estreitas e cheias de história, levanta-se
Frigiliana, uma pequena aldeia que nos convida a disfrutar de uns dias de paz e
sensação de bem-estar com a vida.
Por
muita vontade que tivéssemos de ficar por ali, e tivemos acreditem, esta aldeia
prendeu-nos pela sua beleza, acabamos por seguir viagem para Málaga no fim da
tarde e antes do jantar, deste modo, tivemos tempo suficiente para nos acomodar
e dar um passeio.
Estamos,
portanto, no nosso dia 10 e este dia será passado a descobrir a cidade de
Málaga.
Málaga
já é uma cidade com mais turistas, por ser uma cidade costeira. É mais
multicultural e está mais massificada no que respeita à construção das casas e
apartamentos, no entanto, não deixa de ser uma cidade que merece a pena
visitar.
Esta
manhã quando acordamos, ainda na cidade de Málaga, fizemos as malas e pensamos:
“A nossa viagem está a chegar ao fim” e depois olhamos um para o outro e
dissemos: “Ainda temos um dia e meio para aproveitar ao máximo”.
Tomamos
um bom pequenos almoço, muito típico de Andaluzia e dirigimo-nos a Mijas, uma
aldeia costeira muito fofinha, onde decidimos almoçar tranquilamente antes de
seguirmos viagem até à nossa última cidade, Marbella.
Mijas é
uma cidade que se caracteriza pelos famosos pátios de Andaluzia ou as paredes
brancas enfeitadas com os típicos vasos azuis de flores, que dão cor e alegria a
esta aldeia assim como os típicos burros que servem de táxis para os mais
curiosos. A meu ver acho uma falta de respeito pelos pobres animais.
Já no
final da tarde, dirigimo-nos até Marbella.
Tal
como Málaga, esta é uma cidade com mais movimento, muito procurada pelos
turistas ingleses que procuram divertir-se nas noites quentes de verão.
Marbella
é também conhecida pelo marisco e por ser uma cidade costeira onde embarcam e
desembarcam diariamente yates e veleiros que fazem as delicias dos amantes de
desportos marítimos.
Terminamos
por aqui a nossa rota de 12 dias, que a meu ver foram suficientes para conhecer
andaluzia e os principais pontos de interesse.
Espero
que tenham gostado, não se esqueçam de deixar os vossos comentários.
Obrigada...
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