Dachau, o primeiro campo de concentração

By Isabel Pinto - janeiro 14, 2019

Se estão de visita pela cidade de Múnich não devem de maneira nenhuma perder a oportunidade de visitar o campo de concentração de Dachau.

Este campo foi inaugurado a 22 de Março de 1933 a cerca de 16 km de distância da cidade de Múnich e foi o primeiro campo de concentração oficial utilizado por Adolf Hitler durante a sua ditadura.
Dachau converteu-se no protótipo de campos de concentração nazis e centro de formação para os membros da SS que controlavam o resto de campos de exterminação, no entanto, e apesar deste campo ter como objetivo encerrar apenas prisioneiros políticos, logo logo começou a servir também de prisão para Judeus, homossexuais, testemunhas de Jeová e ciganos.

O seu primeiro comandante Theodor Eicke criou a estrutura organizativa e desenhou as sádicas regras de funcionamento.

Durante o primeiro ano o campo albergou 4.800 prisioneiros e entre os anos de 1933 e 1945 foram internados mais de 200 mil prisioneiros e os nazistas documentaram a morte de quase 32 mil pessoas embora nunca se tenha conhecido o número exato, pois o verdadeiro fatalismo pode ter sido muito maior, e enquanto que alguns prisioneiros morriam vítimas de fatalismo, outros morriam de doenças, de maus tratos, de execuções e de desnutrição.



Em 1942 foi construída a área do crematório junto ao campo principal.
Nela incluía o velho crematório e o novo com uma câmara de gás, e embora não hajam provas concretas de que a câmara de gás fosse para assassinar seres humanos, essa mesma área foi utilizada pela SS como campo de tiro e forca para a matança dos prisioneiros.

Alguns dos milhares dos prisioneiros experimentaram ainda a "seleção", principalmente aqueles que eram considerados demasiado doentes ou frágeis para continuar a trabalhar, foram enviados para o centro de Eutanásia de Hartheim cerca de Liz, a fim de serem assassinados.

Pelo menos 160.000 prisioneiros passaram pelo campo principal e mais de 90.000 através de outros centros em território Alemão que dependia de Dachau.

Embora os primeiros prisioneiros Judeus fossem levados para Dachau em 1935, foi mais tarde, na “Noite de Vidros Partidos” em Novembro de 1938 quando os nazis enviaram um total de 11.000 Judeus, ampliando nesse mesmo ano as instalações com 32 barracões, um dos quais se utilizava para levar a cabo as horripilantes experiências médicas, que retiraram a vida a centenas de prisioneiros.


Alguns deles experimentaram as mudanças bruscas da prisão atmosférica, da congelação de águas frias, e da consequência de beber água do mar. Também afetaram prisioneiros com a malária e outras doenças para testarem diversos fármacos.

Para muitos deles, a sua estância seria curta, no entanto, uma reviravolta na história fez com que alguns deles acabassem por ficar ali mais tempo.
Durante a retirada Alemã no inverno de 1944 Dachau recebeu de novo os Judeus evacuados forçosamente de campos polacos ameaçados pelo avance soviético.



A 29 de abril de 1945 poucos dias antes de que Alemanha assinasse a capitulação, o campo foi libertado pelas divisões de Infantaria 42 do Exército estadunidense, e foram encontrados cerca de 7.400 cadáveres, uma grande maioria foram identificados e cerca de 32.000 reclusos assassinados.

Depois da guerra em conjunto com o genocídio de Nuremberg, foram julgados por crime de guerra cerca de 40 médicos científicos.

Mais de trinta foram condenados à pena de morte, entre eles o doutor Klaus karl Schilling, famoso por utilizar seres humanos nas suas experiências.
Todos estes relatos e histórias são baseadas em factos reais que realmente aconteceram e que, tiraram a vida de alguns seres humanos, desumanamente, enquanto que a outros lhe eram retirados o sono e a paz de espirito devido a traumas e sequelas provocadas pela falta de ajuda.

A melhor maneira de conhecer este campo de concentração e de ter uma noção mais real sobre a história e o seu significado em tempo de guerra é contratando um guia especializado no tema para que vos possam mostrar as instalações e explicar com exatidão todos os pontos daquele lugar tão horripilante mais detalhadamente.


E com estas últimas palavras termino a minha visita espero que tenham gostado, não se esqueçam de deixar os vossos comentários, obrigada.

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