Quem é que nunca ouviu aquela música da Maddona, La Isla Bonita, aquela música tão emblemática que faz referência e descreve na perfeição a capital das ilhas Canárias, Tenerife.

A ilha de Tenerife é tão diversificada e multicultural que, vão precisar de 5 dias para ver os sítios mais importantes.

Esta foi uma viagem que realizei com o meu namorado e por isso decidimos alugar um veículo para poder tranquilamente deslocar-nos de uma maneira mais cómoda de uma ponta até à outra da ilha.

Se vão com poucos dias o meu conselho é que fiquem alojados nas zonas mais turísticas como Santa Cruz de Tenerife, La playa de los Cristianos, Playa de las Américas ou Puerto de la Cruz.

No entanto, se estão a pensar em passar uns dias mais relaxados como nós, devem ficar em Icod de los Vinos.

É uma pequena aldeia muito típica, muito tranquila, onde as estradas ainda se encontram construídas por pequeninos seixos e onde o drago milenário é a principal atração, uma das árvores mais antiga da ilha.

Outra das principais atrações é sem dúvida o ponto mais alto da ilha, El Pico del Teide, que devem apontar na vossa agenda como ponto obrigatório.

Subir um vulcão não é algo extraordinário apenas pela beleza da sua paisagem, mas pela magnificência que este monstro exala ao longo da caminhada para lá chegar.

Dependendo de onde se encontram alojados podem subir por um lado da ilha e descer pelo outro, no entanto, guardem um dia completo para fazer esta visita porque todo o parque que o rodeia merece muito a pena.

Podem ver mais informações e fotos sobre este lugar num outro artigo que escrevi, basta clicar aqui.

Aquilo que nós fizemos basicamente foi dividir a ilha em 4 e fizemos uma rota por sítios diferentes durante a nossa estadia, sendo que, no último dia aproveitamos para ir até à praia.

Primeiro Dia:

No nosso primeiro dia aproveitamos para explorar a zona de Icod de los Vinos e ver a maior árvore  da ilha, assim como para conhecer o sitio onde estávamos alojados.

A simplicidade desta aldeia é fantástica, eles são genuínos e muito acolhedores, e, não sei se foi pelo facto de visitarmos Tenerife no natal, mas eles estavam sempre em festa, havia música, flores de Natal (Poinsétia) por todos os lados, e as luzinhas brilhavam tanto que nos entrava uma vontade louca de saltitar por aqui e por ali.
  

Daqui dirigimo-nos até Garachico uma pequena aldeia que fica situada junto ao mar e onde existe a maior parte de plantação de banana das Canárias.

Depois voltamos a entrar no carro e fomos até Puerto de La Cruz.

Neste sitio aconselho-vos a que dêem uma vista de olhos por toda a cidade, mas que explorem até ao último recanto porque parece que esta pequena cidade não termina de nos surpreender.

Suponho que no Verão será uma zona bastante movimentada pela quantidade de restaurantes e pequenas lojas de suvenires que se encontram junto ao mar.
  

E se acham que ficar ali sentado junto à Ermita de San Telmo a contemplar o mar é bom, (e é bom mesmo ter aquela sensação de paz e tranquilidade) esperem até comer um bom prato no restaurante El Balcón, nós pedimos secreto de cierdo e umas patatas arrugadas de acompanhamento que são um prático bastante típico nesta ilha, e de sobremesa “Polvos uruguayos”, nem me perguntem o que leva, mas estava delicioso.

Fomos depois mais tarde até Oratava, uma aldeia que se encontra aos pés do Teide, no vale de Oratava e que nos dá uma sensação de proximidade com o gigante da ilha.

Segundo Dia:

Aproveitamos o segundo dia para fazer uma caminhada pelo parque del Teide, e visitar o Vulcão. Nesta visita, devem ter em atenção duas coisas, uma delas é o tempo, porque embora “cá em baixo” esteja bom tempo, as temperaturas e a nebulosidade podem mudar drasticamente “lá em cima”.

Outra coisa importante a ter em atenção são os bilhetes do teleférico, adianto já que o preço é fixo, tem um custo de 13,50€ para cada lado (subir ao topo e descer) e que os podem e devem aliás, tirar com alguma antecedência desde esta página: http://www.volcanoteide.com porque existe um número limitado de passageiro que podem subir, passar uma hora a explorar o terreno cheio de lava solidificada à imenso tempo e voltar a descer.

Este ticket apenas inclui a subida aos 3.555 metros, ou seja, quase, quase, quase até ao topo, e digo quase porque para subirem até aos 3718 metros, ou seja, até à cratera têm de pedir uma autorização especial com mais ou menos 2 meses de antecedência.

Eles têm um número diário muito limitado, por causa da proteção e prevenção deste parque natural, no entanto, se souberem com bastante antecedência que lá irão, podem fazê-lo através do seguinte link:

https://www.reservasparquesnacionales.es

Depois calculem o tempo que demoram a chegar até à entrada do teleférico de transporte e depois decidam se preferem ver o vulcão ao início ou ao final da tarde.

O resto do parque deve ser conciliado com o vosso tempo disponível e acreditem que é tão grande e tão bonito que devem levar a câmara das fotos bem carregadinha com bateria para guardar todas as imagens daquela paisagem.

No parque podem ver alguns pontos de interesse como:

- El Pico Viejo

- Los Roques de Garcia

- Las arenas negras

- Cuevas del Viento

- Montaña Blanca

Terceiro Dia:

No nosso terceiro dia fomos até à aldeia de San Cristóbal de la Laguna, uma pequena aldeia típica da ilha onde podem dar um passeio pelo centro histórico e conhecer um pouco mais da cultura dos seus habitantes.

Acabamos por almoçar lá uma vez que a preguiça nos invadiu de manhã e assim sendo, de tarde demos uma volta pelo parque natural de Anaga. Este parque natural irá deixá-los espantados com a vegetação e diversidade de fauna e flora na ilha.

Desde pinheiros a cactos, desde eucaliptos a arbustos, desde terrenos áridos a terrenos com imensa vegetação, desde montanhas a praias esta ilha é enorme, e engane-se quem pensa que um fim de semana será suficiente para ver tudo o que ela nos oferece.

Se decidirem entrar no parque vindos de San Cristobál podem dar a volta completa, passar pelo miradouro Cruz del Carmen e sair do outro lado em Playa de las Teresitas na freguesia de San Andrés.

Esta é uma das praias mais invadidas pelos turistas durante o Verão e também durante os meses de menos calor, que neste caso, e devido à localização da ilha costuma rondar a temperatura mínima de 18 a 24 graus entre os meses de Novembro a Fevereiro.

É ainda uma das únicas praias de areia branca em toda a ilha.

Depois fomos passear até à capital, Santa Cruz de Tenerife, mas para ser sincera não gostamos muito desta parte da ilha pelo simples facto de que a cidade era demasiado massificada de turistas e cheia de lojas por todo o lado.

No entanto, se a visitarem de noite será um óptimo lugar para passear e beber um copo com os amigos.

Quarto dia:

Não posso dizer que este foi o nosso último dia porque desta vez decidimos ficar um pouco mais sem fazer absolutamente nada mais. Aproveitamos simplesmente para relaxar.

No entanto este dia foi reservado à parte sul da ilha, ou seja, a fazer um pouco de praia.

No Sul as praias mais conhecidas são, a praia de Los Cristianos e a praia de Las Américas. Ao contrário da praia de las Teresitas, estas duas são de areia vulcânica, e por isso são negras e com algumas rochas de adorno como digo eu.

Não são propriamente bonitas, mas esta zona é a mais típica para os turistas que acabam por trazer um pouco de vida e de cor aos moradores desta parte.

Outra das principais atrações nesta parte da ilha durante os meses de Verão são os enormes parques aquáticos que fazem as delicias dos miúdos e graúdos.

   














Já ouviram falar no Siam Park?

É simplesmente uauuuuuuu é o parque aquático maior da Europa e fica localizado em Tenerife.

A sua entrada tem um custo de 37,00€ e uma das principais atrações é o escorrega de 28 metros de altura quase vertical conhecido pela Torre do Poder (Tower of Power) que te deixará boquiaberto e com as pernas a tremer.


Podem encontrar mais informação sobre as actividades e gastronomia que a ilha vos oferece clicando aqui.

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Espero que se divirtam e que este meu artigo tenha sido de bastante ajuda na hora de prepararem a vossa viagem.