Obras de Arte do Vaticano

By Isabel Pinto - julho 01, 2019


Neste artigo vou dar-vos a conhecer algumas das impressionantes obras de arte que alberga o Museu do Vaticano.
Desde quadros, pinturas, esculturas e tapeçarias, este pequeno lugar é grandioso em cultura, conhecimento e algumas das suas obras têm muita, muita história para contar.
 
Começamos pela Capela Sistina, um dos lugares mais esperados aquando a nossa visita aos Museus do Vaticano. Nela encontram-se duas das obras mais emblemáticas de Miguel Ângelo: A criação de Adão, e o Juízo Final.

Juízo Final
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O dia do Juízo final é uma obra renascentista do pintor Miguel Ângelo que se encontra pintado nas paredes do altar da capela. E é nada mais nada menos do que uma visão bíblica do artista sobre o juízo final.
O trabalho fora encomendado pelo Papa Clemente VII, mas as pinturas só tiveram início após a morte deste, já no pontificado de Paulo III, que ratificou o contrato entre 1535 e 1541.

Uma confrontação de dois espíritos fortes e audazes, sem dúvida. A pintura ocupa inteiramente a parede atrás do altar. Para sua execução, duas janelas foram fechadas e algumas pinturas da época de Sisto IV apagadas: os primeiro retratos de Papas a primeira cena da vida de Cristo e a primeira da vida de Moisés;  uma imagem da Virgem da Assunção de Perugino, e as primeiras duas lunettes, onde o próprio Miguel Ângelo tinha pintado os ancestrais de Cristo.
A grandiosidade da personalidade do grande mestre revela-se aqui, com toda sua potência, devido sobretudo à concepção e à força de realização da obra.

Nesta obra, Miguel Ângelo não expressa vigorosamente o conceito de Justiça Divina, severa e implacável em relação aos condenados. O Cristo que se encontra na parte central da composição, é o Juiz dos eleitos que sobem ao céu pela sua direita, enquanto os condenados, à sua esquerda, esperam Caronte e Minos.
A ressurreição dos mortos e os anjos tocando trombetas completam a composição.

A criação de Adão
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Esta é uma das obras mais conhecidas em todo o mundo, um importante património material e artístico cuja expressão está carregada de simbologia e influências artísticas da sua época.
Esta pintura pertence a um conjunto de afrescos presentes no teto da capela Sistina no Vaticano que consiste numa combinação de imagens que retratam algumas das passagens bíblicas que vieram substituir um teto clássico estrelado em 1508. Também é famosa porque nela está retratado o momento simbólico em que Deus dá a Adão o sopro da vida através do toque do dedo do Criador.

Conta com cerca de 300 personagens e a composição da obra pode ser compreendida em ordem cronológica: A separação da luz e das TrevasO pecado Original, a Expulsão do Jardim de Éden, e O diluvio. No entanto, existem estudos que explicam uma possível mensagem subliminar nesta obra, destacando-a de entre todas as outras.

O Sepultamento de Cristo
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Esta obra trata-se de uma obra plenamente inquietante que prescinde de um marco arquitetônico e paisagístico, tendo como fundo um lugar neutro e escuro onde se podem visualizar as figuras da cena protagonista destacando principalmente os detalhes do corpo nu de Cristo falecido.
O realismo é tal que se conseguem destacar a veracidade dos braços caídos em total abandono, as chagas agora fechadas e as leves marcas dos pregos anteriormente retirados nos braços e mãos do protagonista.

No entanto, Miguel Ângelo não nos apresenta este quadro como um símbolo da paixão uma vez que nesta obra ele retrata simplesmente um corpo morto como se se tratasse de um humano qualquer, dando ênfase principalmente à anatomia, detalhando pequenos pormenores como os músculos e as veias que se mostram através da pele.

Ao longo de todo o museu do Vaticano encontrarão enormes e largos corredores onde as obras de arte destacam, na sua maioria por serem diferentes e por ocuparem a parede de cima abaixo como no caso da Galeria dos Mapas.
Estes corredores encontram-se mais ou menos a meio do percurso, antecedentes às Salas de Rafael e rumo à capela Sistina.

A Galeria dos Mapas
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São 120 metros de comprimento que dão passo a quase 40 mapas que representam as regiões Italianas, incluindo as ilhas (Sardenha, Córsega e Sicília) e os seus domínios, Malta e Avignon (cidade francesa) sede do papado entre 1309 e 1378.

Salas de Rafael
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O conjunto destas quatro salas que recebem o nome de Salas de Rafael foram na realidade os aposentos de Júlio de Rovere durante 20 anos e situam-se no segundo piso do Palácio Pontífice.

A sala da Assinatura é uma das quatro salas decoradas por Raffaello Sanzio que junto a Leonardo Da Vinci e Miguel Ângelo formaram um trio de grandiosos pintores do “Cinquecento italiano” imortalizando-se na história da arte e foi a primeira em ser pintada. No entanto, a sua ordem de entrada para aceder a estes quatro espaços começa com a Sala de Constantino, seguindo-se da Sala del Heliodoro, a Sala de la Signatura conhecida por ser a sala onde ficava situado o tribunal supremo da Assinatura Apostólica e onde o pontífice se reunia para assinar os atos de graça.

Esta sala, foi mais tarde convertida em biblioteca e estúdio privado de Júlio II e devo dizer-vos que não foi toda ela pintada por Rafael, uma vez que a sua grande dimensão exigiu um trabalho extenso por parte deste que acabou por contratar alguns discípulos e ajudantes.

A sala é quadrada e conta com duas janelas. E nela, poderão encontrar os afrescos mais famosos do artista.
Por se tratar de uma biblioteca esta contém um conjunto de artes representativas da ordem da humanidade por meio da sabedoria espiritual e mundana, assim como a harmonia percebida pelos humanistas renascentistas através dos ensinamentos cristãs e da filosofia grega.
Por último, podemos encontrar a Sala del Incendio del Borgo.

Fonte da Pinha de Bramante
  
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Esta é outra obra que devem visitar dentro do museu do vaticano, uma vez que esta fonte romana dá nome ao Pátio donde se encontra alocada.
Construído em 1506 pelo importante arquiteto Donato Bramante a mando de Júlio II este Pátio tinha como principal objetivo comunicar o Palácio de Inocêncio VIII com a Capela Sistina. A pinha que ele alberga de cor bronze possui 4 metros de altura, e é comparada com a Pigna de Cortille, um símbolo de bronze que adorna a tumba do Imperador Hardian.

Museu Gregoriano Etrusco

Resultado de imagem para museu gregoriano etruscoPor último e não menos importante podem visitar os incríveis artefatos do antigo Egito e dos Etruscos, inaugurado a 2 de fevereiro de 1837 pelo Papa Gregório XVI.
Este museu reúne alguns dos objetos encontrados durantes as escavações da cidade e conta com uma larga história colecionista.

Podem ver obras muito importantes como as coleções FalconiBenedetto GuglielmiMario Astarita e Giacinto Guglielmi expostas ao longo deste museu que documentam uma artesania florescente e uma civilização peculiar artística, permitindo-nos deste modo conhecer um pouco mais da história deste povo.


Espero que este artigo vos tenha suscitado a curiosidade e despertado o vosso lado culto para conhecerem a história das obras de arte em Roma, ou neste caso, no Vaticano.

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