Edimburgo, dia 2

By Isabel Pinto - fevereiro 14, 2020


Se estão a ler este artigo imagino que vão ficar pela cidade mais do que um dia.
E se leram o meu artigo anterior: Edimburgo, dia 1 talvez tenham reparado que o castelo e os museus não se encontravam lá descritos.
Isto porquê? Porque acho que em 24 horas não vão ter tempo de ver tudo... Assim sendo, decidi que seria melhor verem estes pontos turísticos no segundo dia.

👉Sabiam que Edimburgo tem cerca de 32 museus? E que a maioria deles são de entrada gratuita?

Embora existam tantos assim, alguns deles são mini museus, e outros nem se quer valem tanto a pena. No entanto existem 4 deles que eu acredito que devem ser de visita obrigatória e que os irei mencionando ao longo deste artigo.

Assim sendo, começamos a nossa visita de hoje em Queens Street, na parte nova da cidade na Galeria Nacional de Retratos da Escócia.
Esta galeria, é um museu de artes que alberga algumas das coleções de retratos das figuras mais ilustres do país.
A sua entrada é gratuita, assim como algumas exposições de caráter temporal.
O seu edifício foi construído entre os anos de 1885 e 1889, foi inspirado no Palácio Ducal de Veneza ao estilo gótico e encontra-se localizado na fronteira entre a cidade velha e a cidade nova.

Desde este ponto, dirigimo-nos a Princess Street descendo pela St Davis Street e ao chegarmos a esta rua principal vamos dar de caras com um edifício majestoso, o Monumento de Scott, o maior edifício do mundo dedicado a um escritor, neste caso e como devem calcular – Walter Scott.

Seguimos ao longo do jardim, deixando este monumento à nossa esquerda e dirigimo-nos à Galeria Nacional da Escócia onde podem apreciar verdadeiras obras de arte de Paul Cézanne, António Caneletto, Vicent Van Gogh, El Greco ou Tiziano Vecellio.
Nunca está de mais referir que é uma obrigação visitar este museu uma vez que a sua entrada é gratuita.

Este museu é muito pequeno e se calhar em 40 minutos já se encontram na rua, preparados para continuar com a nossa rota.

O próximo ponto será o Museu dos Escritores que se encontra à mesma altura deste museu que acabamos de visitar.
Para lá chegarem, têm de seguir pela estrada sempre em frente e subir uma pequena escadaria que se encontra à esquerda da antiga Universidade de Edimburgo.
Este museu foi dedicado aos “três mosqueteiros” da literatura Escocesa:
- Robert Burns, Robert Louis Stevenson e Sir Walter Scott.
Aqui poderão conhecer alguns detalhes das suas vidas e observar alguns objetos pessoais como livros e retratos.

O edifício onde se encontra este museu, era a Mansão de Lady Stair, construído durante o ano de 1622 e com um encanto peculiar. Além disso, poderão ver o interior de uma casa renascentista que se encontra em perfeito estado de conservação!

Desde este ponto, saímos pelo beco até à estrada principal e dirigimo-nos para o lado direito até encontrarmos a entrada principal do castelo de Edimburgo.

O Castelo de Edimburgo é uma antiga fortaleza que domina a silhueta da cidade de Edimburgo, a partir da sua posição no topo do Castle Rock. Trata-se de um dos castelos mais importantes do país, sendo a segunda atração turística mais visitada na Escócia, e recebendo anualmente cerca de um milhão de pessoas.
À parte disso, possui dentro das suas muralhas o edifício mais antigo da cidade, a capela de Santa Margarida construída no século XVII.
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Antigamente, a cidade de Edimburgo tinha um sistema de túneis subterrâneos, e um deles ligava o castelo à avenida principal – Royal Mile. Reza a lenda, que quando esses túneis centenários foram descobertos, enviaram um gaiteiro para explorá-los. Este devia tocar a sua gaita de foles enquanto caminhava, de modo a que o pudessem localizar. No entanto, a sua melodia foi substituída por um misterioso silencio e ele nunca mais foi visto.
Dizem que o seu espírito deambula pelos subterrâneos e a sua música ainda pode ser ouvida por quem se atrever a passear pelos túneis.
👉Como se não bastasse, o castelo de Edimburgo foi o cenário de um passado sangrento, e por isso, dizem que esta não é a única alma a vaguear por ali.
Também os inúmeros prisioneiros capturados nas guerras, entre os séculos 18 e 19, incluindo doze piratas do Caribe e cerca de 300 bruxas também teriam sido julgadas e queimadas na esplanada do castelo no século 16.
Mas nem tudo são histórias sombrias e misteriosas, este castelo tem tanto para dar por fora, com a sua arquitetura gótica e rica em detalhes, como por dentro onde as salas e os aposentos nos levam numa viagem ao passado e nos fazem perceber como era a vida naquela época.

Se visitarem o castelo a meio da manhã, podem ainda presenciar o tiro de um dos canhões disparados diariamente às 13h00 e com tantos detalhes históricos é fácil que nem se deem conta das vistas inscreveis que o castelo nos oferece sobre a cidade.

Ao saímos do castelo, o mais normal é que estejam esfomeados, por isso, e uma vez mais, tal como na nossa rota de ontem, aconselho-os a comer sobre a zona de Grassmarket onde dispõem de uma variada seleção de restaurantes.

Depois de almoço, dirigimo-nos ao Museu Nacional Escocês, o tal museu que vos tinha comentado no artigo anterior.
Se já o visitaram ontem, passamos para o nosso próximo ponto turístico.

O Museu da Infância que se encontra no número 42 de Hight Street, na Royal Mile é o primeiro museu do mundo dedicado à história da infância.
A sua coleção incluí ursos de pelúcia e bonecos do século XVIII vestidos com os trajes típicos daquela época.
Um dos brinquedos que mais me chamou à atenção foi a casa das bonecas que conta com 21 quartos e mais de 2.000 objetos no seu interior.

Podem ainda observar a evolução dos brinquedos ao longo dos anos e verificar que, muito embora os videogames ganhem espaço rapidamente no quarto de uma criança nos dias de hoje, e as bonecas sejam mais refinadas e detalhadas, os ursinhos de pelúcia terão sempre um lugar especial no coração de uma criança.

Se continuarmos a descer pela rua vamos encontrar o Parlamento Escocês.
Este edifício foi inaugurado em Outubro de 2004 pela Rainha Isabel II e fica situado na zona de Holyrood.
O arquiteto deste projeto foi o espanhol Enric Miralles e a estátua de bronze que se encontra na entrada deste edifício pertence ao rei Robert de Bruce.
Esta data de 1314, e foi construída em homenagem às vítimas da Batalha de Bannockburn.
Esta foi uma das batalhas mais importantes da história da Escócia, pois foi durante esta batalha que os membros do clero declararam o seu apoio ao rei Robert de Bruce e desta maneira Escócia pôde continuar com a sua independência em relação a Inglaterra.

Junto a este edifício encontramos o Palácio de Holyrood, situado num dos extremos da Royal Mile, construído junto da grande Abadia dos Augustos em 1128 e utilizado para coroações e celebrações de bodas reais.

Mais tarde, a partir da Idade Média, os reis decidiram trocar o frio do Castelo de Edimburgo pelo conforto da Abadia de Holyrood e em 1503, James IV mandou construir a primeira residência que hoje podemos visitar.

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Atualmente, este Palácio é utilizado como residência oficial da Rainha da Inglaterra na Escócia durante os primeiros meses de Verão e o seu edifício é uma joia da arquitetura clássica com uma impressionante decoração barroca no seu interior.

👉A entrada ao Palácio de Holyrood tem um custo de 15,00£

Ao fundo, podemos ainda visualizar Arthur’s Seat ou Assento de Artur, o pico mais alto de Edimburgo, que parece ter saído de um conto de dragões e cavaleiros, um conto que parece possível apenas em Escócia.

Calton Hill é outro ponto de visita obrigatória se viajarem a Edimburgo.
De facto, visitar este ponto por si só, já é um motivo mais que suficiente para visitar a cidade.
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Quando começarem a subir esta colina verão que aos poucos e poucos a cidade vai ficando mais pequena, ao pés deste lugar, dando-nos a ilusão de que a cidade é uma maquete de telhados e ruas onde podemos distinguir entre elas Princess Street, Royal Mile e o caminho pedestre para a colina oposta que referimos anteriormente Arthur’s Seat.
Passear pelos sendeiros que circulam o topo permitir-vos-á familiarizar com a cidade e compreender em certo ponto a sua estrutura, no entanto e aquilo que mais me chamou a atenção foi o magnifico pôr do sol, que tive a oportunidade de assistir nas últimas horas pela cidade.

Espero que esta cidade vos transmita tanto quanto a mim e que fiquem com aquela vontadezinha de voltar muito em breve para descobrir um ou outro recanto escondido entre as ruelas de paralelos que se apresentam naquela cidade construída sobre as lavas de um vulcão extinto à muito.

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